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Tráfico de pessoas: por que é tão difícil combatê-lo?

Foto do escritor: Judith AragãoJudith Aragão

Instituto Keruv explica as causas e os desafios para enfrentar este crime 


30 de julho é o Dia Mundial do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano todos os anos, movimentando cerca de 32 bilhões de dólares em todo o mundo. 

Silhueta de mulher em cárcere
A prevenção é um meio de enfrentamento ao tráfico de pessoas bem como a atenção às suas vítimas

Wilson Trezza, diretor do Instituto Keruv, explica que a atividade criminosa está intimamente ligada à desigualdade social: "Os traficantes se aproveitam da pobreza, da vulnerabilidade e da falta de oportunidade para iludir as vítimas com falsas promessas de emprego e melhores condições de vida no exterior". 


A exploração sexual e o trabalho forçado estão entre as principais finalidades, mas outros crimes também estão presentes, como a remoção de órgãos, adoção ilegal e pedofilia. Os desafios para conter este crime são inúmeros, a começar pela falta de informações precisas como subnotificação de dados, o êxito de organizações criminosas a nível nacional e internacional e o silenciamento das vítimas e de suas famílias. 


"Para combater o tráfico humano é preciso inteligência, comunicação e colaboração. A agilidade de repasse de informações também é essencial para enfrentar o tráfico humano. Temos no Brasil a lei 13.344/2016 que determina a cooperação entre órgãos do sistema de justiça e segurança nacionais e estrangeiros e da integração de políticas e ações de repressão aos crimes correlatos do tráfico humano, mas é preciso que a sociedade atue na prevenção", explica Trezza. 


Como prevenir o tráfico de pessoas? 

O Instituto Keruv traz orientações sobre como agir ao verificar que existem indícios de tráfico humano: 


  • Desconfie de propostas de emprego encantadoras. Promessas de dinheiro fácil e lucrativo são estratégias utilizadas pelos traficantes para persuadir as vítimas. 

  • Leia atentamente o contrato de trabalho e pesquise sobre a empresa contratante. Se possível, solicite ajuda a Defensoria Pública para analisar o contrato. A atenção deve ser redobrada se a proposta incluir viagens nacionais e internacionais. 

  • Cuidado com documentos pessoais. Evite tirar cópias e deixá-los nas mãos de amigos ou parentes. 

  • Faça uso das redes sociais com sabedoria. Elas são utilizadas por criminosos para captar informações sobre as vítimas.

  • Deixe endereço, telefone e localização da cidade para onde está viajando e nunca deixe de se comunicar com familiares e amigos. 

  • Tenha em mãos endereços e contatos de consulados, ONGs e autoridades da região.


Para quem denunciar o tráfico de pessoas?


O Disque Direitos Humanos (Disque 100) é a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) são canais de denúncia em casos de tráfico de pessoas, contrabando de migrantes e outros crimes semelhantes às autoridades brasileiras. 


Conheça o Instituto Keruv O Instituto KERUV é uma instituição social composto por um time coeso que une esforços para trabalhar com a prevenção e redução no desaparecimento de pessoas no Brasil e no exterior. 


Sobre Wilson Roberto Trezza


Wilson Trezza atuou como Secretário de Planejamento Estratégico da Presidência da República. Foi também Consultor do Conselho Nacional do Ministério Público, Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) entre 2008 e 2016, Presidente Interino e Diretor de Seguridade da Fundação dos Empregados da Companhia Riograndense de Telecomunicações (Fundação CRT), Diretor de Administração e de Produção do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Atualmente, Trezza é o diretor do Observatório Keruv.



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Judith Aragão

(61) 99368-7337

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