Prisão de médico apontado como chefe de esquema é episódio mais recente de caso investigado há mais de duas décadas em Poços de Caldas.
A prisão do médico Álvaro Ianhez, condenado a 21 anos e 8 meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, é o episódio mais recente de um caso que se arrasta por mais de duas décadas e que expôs o funcionamento de um esquema ilegal de retirada e tráfico de órgãos humanos que, conforme as investigações, acontecia em Poços de Caldas no início dos anos 2000.
O médico foi denunciado por chefiar a entidade MG Sul Transplantes, que realizava as retiradas dos órgãos e os encaminhava aos possíveis receptores. A organização foi apontada pelo Ministério Público como “atravessadora” em um esquema de tráfico de órgãos humanos. O pai do menino, Paulo Pavesi, criticou o fato do médico ter sido julgado por videoconferência e não ter se sentado no banco dos réus.
O caso Pavesi ganhou repercussão nacional em 2002, quando quatro médicos foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado de Paulo Veronesi Pavesi, que na época tinha 10 anos.
Outros cinco médicos acusados de participação no caso também foram condenados em 1ª instância, mas seguem em liberdade.
Por G1 Sul de Minas - 20/04/2022
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